domingo, 16 de outubro de 2011

FILOSOFIA DO ORÁCULO

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(Em forma de Poesia)

Narra a lenda que quem consultasse o oráculo, seu destino estaria traçado. Assim fez Édipo, anteriormente e toda a tragédia chegou ao final. A sabedoria do Rei e de todos, o desvencilhar da trama, mostra que a sabedoria excessiva, tentar controlar o destino é fora da medida, é algo contrário às leis da natureza, a verdade destas vidas se revela já conhecida, ou pronta a se desvelar – vir à mostra.
A figura do adivinho ou a verdade através da revelação, o querer saber a todo custo, o revelar os enigmas: significam um ato contrário às leis da natureza, à naturalidade, ao bom andamento de nossa existência.
A procura, o encontro, a busca incessante, o usar de todas as forças para contrariar o que vem acontecendo, o homem se mostra divino, feito um deus, o herói do seu destino ou dos protagonistas de qualquer história...
A ficção deixa de existir, a verdade que se revela, cega os protagonistas. Os atores da vida vêem a verdade nua: desvelada e posta à mostra, dos pés à cabeça...
O oráculo nada mais é que essa vontade de saber, de conhecer para agir, de controlar os acontecimentos, de ter a verdade a todo custo. Mas ele diz veladamente, com simbolismo, com luz e trevas, com argúcia, pondo à mostra toda ignorância anterior...

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