sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Demiurgo

O Ocidente se confunde com o Ocidente!
O sonho de beleza da forma: sua retidão.
O homem estátua! Modelado e impassível!
Esculturando e idealizando a existência...

Pensou que o estilo faz o homem!
Adentrou nas profundezas e modelou
Seu projeto de existência da angústia.
Se viu belo, verdadeiro e retilíneo!

Seu olhar perdido no horizonte
Revelou as dobras do pensamento,
Modelou do sonho o corpo e a virtude,
Nunca duvidou que é capaz e apto.

Desmorona o Ocidente contemplativo.
O homem surgiu com seu estilo!
Seu projetou modelou a estátua:
Aguarda a hora de vê-la viva!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

JANELA

“Foi até a janela observar a noite e o silêncio: este recolhimento não era mais que fuga, mais que juízo, mas sim seu ser sem lamentos. Esta noite dos tempos que trazemos e que se introduziu em nosso ser, a noite silenciosa que grita no homem, a força deste pensamento inútil e grave – somente sincero a si, do próprio homem, sua particularidade...”

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CARTAS DE AMOR

- “Todas as cartas de amor são ridículas: senão não seriam cartas de amor”. Fernando Pessoa: poeta, ainda me surpreende nestes versos abusados. Comentei a uma garçonete que de amor não falamos, pois o sentimos. Fui incompreendido e assim permanecerei. Bem: como quanto ao sentimento de amor. Não envolve posse. Algo patético, pois, referente ao sentimento. Esta sensação é obstinada. Podemos amar pelo simples fato de sentir amor. A delicadeza de perceber o sentimento de amor pela humanidade. Por esta cachorrinha frívola. Por uma tarde de recolhimento e céu azul. Um banho refrescante. Estar satisfeito. O amor, então, é possível - outra vez.
Chamam egoísmo amar a si mesmo. Não acho revoltante. Não me custa amar este rapaz por seu sorriso afetuoso e seu toque. Esta garota adolescente em conluio ao me mostrar sua beleza e ardor. Seus seios e perfume. Suas curvas.
Amo estas recordações de viagem, este quadro de pintura, este autor célebre, minha infância, a obstinação de alguém para permanecer vivo. - Contente de sobreviver a uma desgraça.
“Amar é...” esta mercê de um amigo, alguém querendo o nosso bem, comer à mesa com sofreguidão, o convite para vermos o filme: “O Carteiro e o Poeta”. Ter todo o conforto de alguém que nos ama de graça. Pela nossa simpatia. Por nosso fervor de estarmos juntos neste trajeto da existência. Um verso de Camões: “Amor é fogo que arde sem se ver...”. A paixão de amar é obstinada: como este ofício de escrever, cartas endereçadas aos que virão. Aos futuros parceiros de jornada – nossos leitores apaixonados por frívolas palavras de encantamento. A magia de amar sempre é imanente ao ato de amor. Ao simples fato de sermos humanos. A vida é re-permitida.
Endereço esta carta de amor aos leitores que em seu tempo breve de vida alegre: encontraram tempo para amar. A si e ao outro presente em seu mundo, companheiros de jornada, também à natureza humana ainda não desvirtuada e indômita. Ao amor pronto e acabado – capaz.

domingo, 20 de novembro de 2011

EDUCAÇÃO

“Texto Constitucional de 5 de Outubro de 1988. Cap.3. Seção I. Da Educação. Art. 206. II – Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III – Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, a coexistência de Instituições públicas e privadas de ensino – VI – Gestão democrática do ensino público, na forma da Lei; Art. 208 § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo”.


Ao adentrarmos no espaço da digitalização, da educação pública, toda sorte de recursos para a comunicação e manifestação do pensamento, inclusive propagação e a formação do ensino democrático livre, encontramos toda sorte de adeptos, de aprendizes, de colaboradores e a iniciativa de aprender e ensinar – a concepção pedagógica da liberdade, pública, cidadã e plena de cooperação: ajuda. O espaço social e das relações, a pessoa do pedagogo e do aprendiz, em um processo de aprendizagem aberto, de comunicações e transmissões – veiculação do saber. As condições de urbanidade, de formação de grupos, de agenciamento em instituições, sejam de ensino, ou públicas e a entrada em diversos espaços onde a pedagogia da liberdade é constantemente frisada. O mural, a biblioteca, a livraria, a sala de aula, as relações com professores, a instituição de ensino feita obrigatória, lugar de passagem, a manifestação em jornais, a distribuição de escritos, o diálogo, a opinião pública, o afirmar a posição política enquanto especulação, o pluralismo das idéias devido o convívio com profissões diversas e locais que servem ao ensino subjetivo. Esta forma de educação é contínua, ao ar livre, uma espécie de ginástica conceitual, de concepção pedagógica livre. Há agenciamento da família, relações com a biblioteca, com a livraria, com o diálogo, com a impressão de escritos, relações com instituições de ensino, a via pública ou a praça: feitas locais de manifestação política, o mural, a caixa de correio, a mensagem, a formação de enunciados e palavras de ordem, diversos grupos em relação de aprendizagem. Inclusive a sociedade informatizada. Este processo de educação é uma espécie de ginástica do pensamento, ao ar livre, muita liberdade de aprender e ensinar – educação constante e contínua...

domingo, 13 de novembro de 2011

A Paixão de Pensar

Quando um Leonardo da Vinci desenhou e imaginou todos aqueles inventos e faltou a engenharia de sua época a realização: isso me comove...
O Exemplo de Julio Verne com sua literatura fantástica e ficções, o imaginar viagens espaciais ou a visita ao centro da terra, e ele ser apenas escritor que fantasia e hoje ser possível, algumas de suas aventuras e viagens me encanta...
O fato de um operário trabalhar dias e dias, mover as máquinas e ver de seu trabalho a fonte de sua vida, e também fazer política, passar por horas difíceis e miseráveis, e algum dia organizar-se e defender seus direitos, revolucionar-se, lutar por condições dignas de vida, mas nunca deixar de lado seus afazeres, é a mostra de que existe algo admirável no gênero humano.
Quando alguém é contrário ao incêndio das florestas e se diz ecologista e defende a vida, em prol de um eco-sistema natural onde preserve outras formas de vida e lutam por manter a face do planeta com seus seres vivos e é obstinado nesta luta, e briga por maior sensatez para a exploração dos recursos naturais, vejo que o homem é incansável na busca do verdadeiro bem.
Admiro alguém que empunha armas e bombardeia o país vizinho, morre por medidas necessárias, busca solucionar o conflito, pratica a violência, quer o bem de sua pátria e quase engole seu próximo, vai ao extremo, percebo que há algo no gênero humano, assim como a luta entre a vontade de viver e o instinto de morte, onde nunca saberemos quem vencerá, mas quando buscarmos as razões, esta atitude extrema se revelará dramática para a espécie, para o que crê determinado povo...
Diante desta exposição a minha paixão de pensar nota todas estas contradições e o conflito e a incerteza, a busca do melhor para o gênero humano, revela-se uma aventura, drama onde a busca da verdade e certeza do melhor, promove nossos instintos, as razões, o amor, o gesto do punho eriçado, a paixão de viver que me prende a este planeta contraditório...
A raça humana vive o drama de seu projeto, de sua caminhada, a tentativa de habitar a terra lutando por ideais e crenças e o homem morre para o que crê, vai até ao paroxismo...
Este dilema dos povos, das raças, das nações, do homem, do gênero e da espécie, desta escolha em ter: por exemplo, esta casa no monte e uma vida tranqüila, mulher e filhos, esconde o heroísmo da escolha do homem comum. O meu pensamento vagueia diante desta obtusidade, diante do heroísmo de qualquer opção, do absurdo por vezes da ação, deste estilo de vida contrário ao meu parceiro, desta guerra onde quero o meu bem, e onde o drama de viver é questionado, onde meus valores precisam ser pensados, onde cedo ao outro, onde vejo o crime, as mãos de alguém em gesto de dádiva, o drama da espécie humana, minha paixão e razão de viver é pensar esta riqueza e contradições...

domingo, 6 de novembro de 2011

PEÇAS DE TEATRO


SÓFOCLES. Édipo Rei. 427 A.C.

SHAKESPEARE. Rei Lear. 1606.

______ Macbeth. 1607.

_______ Hamlet. 1600.

PESSOA, Fernando. O Marinheiro. 1913.

IBSEN. Casa de Bonecas. 1879.

GOGOL. Diário de um Louco. 1963.

GOETHE. Fausto. 1806.

WILLIAMS, Tenesse. Um Bonde Chamado Desejo. 1947.

JAMES, Henry. A Volta do Parafuso. 1898.

MILLER, Arthur. A Morte do Caixeiro Viajante. 1949.

GUARNIERI, Gianfrancesco. Eles não Usam Black-tie. 1958.

RODRIGUES, Nelson. Vestido de Noiva. 1943.